domingo, 16 de março de 2008

Quando a gente ficou tão simples?
É que antes tudo ficaria no ar. A possibilidade de encontro seria suficiente, e agora eu ligo até pra minha própria aparência para caminhar.
Ali, na sala de aula, reparei que em todo dia ensolarado a luz penetra, assim, por cima da janela e eu nunca vi mais brilhante, e naquele dia comecei a ficar com dúvidas se o que estava ali perto de mim, iluminando tudo, era deus ou você. Talvez estejam até se fundindo absurdamente, e juro que aí ou vou me perder pra sempre ou me acho enquanto devota do mundo. E vai ser por tua causa. Eu vou me perder. Quanto mais mediação, menos sagrado é um contexto, e eu vou me perder porque vou recusá-la, numa escolha intuitiva em que as perguntas, as respostas, as pessoas e o tempo vão andar juntos, se apoiar em si mesmos e voar e...

(Fiquei tão simples que não sei mais como contar...)

É ali, na sala 3049, que ganha uma tonalidade entre branco, amarelo e a cor-de-eu-espalhado-pelas-paredes quando você chega: você me invade em forma de luz toda manhã.

5 comentários:

Anônimo disse...

Quando a gente acha tudo tão lindo que faltam palavras pra explicar, a gente pega emprestado as palavrinhas dos outros:
"As metáforas são perigosas. O amor começa por uma metáfora."

Milan Kundera - A Insustentável Leveza do Ser

Otavio Cohen disse...

vc devia parar de escrever tão bonito.

mentira.
continua pra sempre q ai eu n leio mais ninguém.

vc perto é tudo-mais q existe, comofas?

Cecilia . disse...

Lindo!

Que a luz da manhã invada tudo e irradie de ti!

Beijoca no coração,
ceci

sblogonoff café disse...

Será que um dia eu vou chegar aqui e comentar sua postagem ao invés de vibrar com o que escreve?!!

Clareana Arôxa disse...

sem palavras.