Por instantes cotidianos de verdades que não doem, continuo. Sorrindo.
Por instantes cotidianos de pessoas que não doem, eu sou. Ainda.
Dissonância cognitiva
Há 5 anos
assim como quem não quer nada,
tive o cuidado de esquecer
no banco as minhas asas dobradas.
Por instantes cotidianos de verdades que não doem, continuo. Sorrindo.
Por instantes cotidianos de pessoas que não doem, eu sou. Ainda.
Postado por Nathália. às 9:26 PM
Um comentário:
Por fora, és pouco menina, no caos
de criança-mulher e nos largos sorrisos
de poemas coloridos dos teus lábios.
Na dança de ventre da babel do teu sonho
és já a mulher que a vontade acudirá
a parir a seiva que coze e te transborda por dentro.
Anjo robusto por dentro,
entre o paraíso e a filial do inferno,
de olhar bicudo por fora,
meia Alice Ayres, meia Amélie Poulain,
meia Elizabeth Bennet,
enroupas-te numa mulher e meia de Nathalia
bem dançada que és… Mas também muito Celine.
Um dia, quando a ternura
te rebentar por dentro da pele irreverente,
vais colocar chocolate no corpo das palavras
e eternizar-te por fora de vez.
Perdurarás a recusar baladas de fim-de-semana,
com conversas não bailadas por fora,
sensualidade forçada e “eu te amos” por dentro,
comprados de pessoas medíocres.
Se não vives por fora, morres por dentro,
mas viverás sempre formosa,
por fora e por dentro, a dançar sem um lamento.
Nilson Barcelli
14.Setembro.2006
Um beijo.
Postar um comentário