terça-feira, 28 de novembro de 2006

Soundtrack: "Voyeur"

A gente é realmente muito mais forte que parece. Existe uma revolução dentro de mim, um coração dividido em três, uma parte da alma que quer ir embora, lágrimas seguradas, um pouco de medo e as conseqüências da Indiferença e ainda assim eu consegui fazer alguém se arrepiar.
Definitivamente, a certeza por trás dos cílios alongados e da sombra azul e prata é o melhor consolo que existe. Sempre foi.

quarta-feira, 22 de novembro de 2006

NATHÁLIA E O FILÓSOFO: O ENCONTRO


Depois de querer prestar Unicamp desde os treze anos, finalmente chegou o dia.
Como treineira, mas chegou e eu já nem dormia direito.
Foi uma manhã tranqüila de The Smiths, milkshake de ovomaltine e de Ju, Drica e Djou.
Até que chegando no colégio onde seria realizada a prova, essa criatura que caiu de não sei onde, vira para trás e me olha nos olhos e vira para frente de novo.
E foi só.
Sentada na escada com uma das minhas melhores amigas a gente comenta de todo mundo por ali que tinha "cara de filosofia". É claro que ele tinha: Os cabelos longos e a barba legal... e comentamos isso. Mas foi tão estranho, foi quando realmente notei a presença daquela pessoa e ela fez diferença.
E eu chego na sala e me choco:
800 pessoas fazendo prova. Quem se senta na minha frente? Quem está tentando Filosofia MESMO? Além de novela mexicana e musical, minha vida acabou de ganhar o posto de "PARÁFRASE PIORADA DE MACHADO DE ASSIS": "Quem conhece a técnica do destino adivinha logo": era o próprio.
A única coisa que consegui transmitir foi meu meio-sorriso idiota já conformado com as ironias, que agora são confortáveis, de fato. Até engraçadinhas.
Ele começa a conversar comigo e eu me derreto.
É, acho que seria uma história de amor peculiar... A sem noção que se apaixonou no dia do vestibular por um concorrente do mesmo curso.
Mas, meus caros, a tal sem noção sou eu... então a última peculiaridade é a que mata:
EU NÃO SEI O NOME DELE.
Durante todaaa aquela conversa, risadinhas e perguntas eu não tirei 5 segundos para perguntar o nome dele.
Não olhei na carteira onde estava escrito, nem sei o número da inscrição.
Só que era charmoso, sociável, mora numa cidade próxima daqui, vai tentar UFMG, USP e Unesp além de Campinas e quer ir pra São Paulo capital, ficou surpreso quando soube que eu realmente gostava de Filosofia e perguntou se eu iria voltar pra casa ainda naquele dia, me desejando "boa sorte" com a cara mais fofa do mundo.
É, pessoa da cadeira quatro da sala 21 você não me sai da cabeça, além de parecer heterossexual... casa comigo?

quinta-feira, 16 de novembro de 2006



A beleza de cada pedacinho meu pertencer à sentimentos completamentente distintos é que quando eu danço eles se juntam, e por único momento eu pertenço a algo por completo.
A dor vem do "por completo" em si: me faz tão viva que me separa do resto do mundo...

sexta-feira, 3 de novembro de 2006

Soundtrack: The Smiths, "The boy with the thorn on his side"
Foi de ontem a noite...

É tão estranho, quando eu escrevo de verdade, que alguém sempre me pergunte em quem de especial eu estava pensando. Será que algum dia vou entender essa mania de todo mundo de achar que a felicidade está nas pessoas?
Não creio.
Hoje, a tarde foi tão de quando eu era criança. O mesmo cheiro, a mesma intensidade, o mesmo filme e a mesma maneira de estar sozinha. Contexto. E ao ousar sair: as mesmas florezinhas amarelas no chão, próximas das árvores com as mesmas folhas. A mesma grama. Luz.
Às vezes eu penso que Ela está é nos lugares. Ou seria no que eu fiz deles?