Foram dias estranhos.
Me desculpa, meu amor, mas as circunstâncias e os teus suspiros e o que você viu me disseram pra tentar enxergar a vida sem você por uns minutos. Não há. Me desculpa achar isso, mas é que sinto que vou embora aos poucos. Sim, dessa cidade também, mas é que chegou ao meu ouvido que pela primeira vez na vida as nossas escolhas vão se desencontrar.
E que vou ter que ir pra deixar você viver. Como sempre. É que freqüentemente fica tudo tão aqui dentro, que quando vai pra fora eu saio estragando a vida dos outros. Toda vez. Se me perguntam porque vai ficando um eu etéreo mais e mais pra mostrar, eis a resposta em ti, como sempre. É que eu faço estragos. Toda vez.
Preciso me esconder.
Me abraça antes então, e eu sei que você vai saber como, por ter dito que não me deixaria.
Vou virar cinzas no toque e quando eu for embora, pó. O fim é o mesmo, e ele é eu-só, me desculpa te contradizer.
O fim é o mesmo e que você faça o caminho até lá o mais bonito possível. Como sempre.
Dissonância cognitiva
Há 5 anos
8 comentários:
Muito bonito isso...
... tenho vivido algo assim ultimamente.
deixar ir, escorregar...
beijos daqui...
Menina, confesso, sempre venho aqui. Nem sempre comento. Muitas vezes nem sei o quê comentar. Conheço você por intermédios, não sei se escreve ficção ou realidades... Pedi seu manual para o Tatá e ele disse. Não existe, mas de qualquer maneira leia mais Clarice Lispector!! Rsrs!
Bom, o fato é que aprecio muito sua maneira de escrever. Se você conceber um livro, eu o terei!!
"Às vezes a gente vai-se fechando dentro da própria cabeça, e tudo começa a parecer muito mais difícil do que realmente é. Eu acho que a gente não deve perder a curiosidade pelas coisas: há muitos lugares para serem vistos, muitas pessoas para serem conhecidas."
Caio, sempre Caio...
...e umas reticências, te amo.
Nunca tive coragem de comentar aqui antes... mas achei tão bonito!
É tão bom ver que tás aberta ao novo, a desapegar-se do velho, a aceitar que os desencontros tb fazem parte da nossa andança. Eu tive dificuldade de aceitar essas coisas. E vejo que você anda de braços abertos pro acaso. Quem bom saber disso! Teu sempre Tio,
Zy
*NHACTNHOUIUIUIUIUOOOUHN!*
*que
me veio na cabeça um trecho bobo de música boba de cantor bobo.
"baby it ain't over till it's over"
sofrer por antecipação. precisamos mesmo disso? o pior é que eu sei que o antecipado às vezes é uma dor que nos causa alívio. só pelo fato de sabermos que dói, mas não é tão "de verdade" assim.
Amar é verbo intransitivo, mas às vezes precisa de muitos objetos, muitos predicados, muitos sujeitos para se fazer compreendido.
Gostei daqui. Vou visitar mais vezes, com certeza. =]
Se não se importar, linkarei você no meu blog.
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