sábado, 7 de outubro de 2006

Soundtrack: The Smiths, "How soon is now?"

Poderia escrever sobre o sábado chuvoso passado a cookies e Bela Adormecida.
Sobre como não consegui ver As Horas sem parar duas vezes.
Sobre o maldito relógio de filme de vampiro que soa no corredor seguindo um intervalo de tempo paralelo e como me mata de susto.
Mas foi tudo tão insignificante comparado com a tristeza de alguém que conheço... é uma tristeza diferente. Que invadiu o espaço dele mas não o matou, transformou-se em admiração pelas pessoas.
E em troca da admiração eu faço ele sorrir... e a sensação é de outro mundo.
Foi insignificante comparado os eu te amos que eu ganhei. Um foi emprestado de culto de igreja, o outro do nada, o outro de uma fala e dois do passado.
Todos sinceros.
Insignificante comparado com as minhas queixas de necessidade de amor que me mata de vez em quando, que me mata agora e com o fato de quem mais me ama estar indo embora e eu ironicamente nem ligar. Só porque esse amor contradiz um conceito ultrapassado, irreal mas que me fez o que eu sou hoje e não largo.
E eu me pergunto se estou abrindo mão de amor pela minha essência. Ou por um motivo não tão belo, por medo.
É tudo tão maior que eu que nem cabe na minha caixinha.
Mas é tudo tão eu que eu nem caibo na minha caixinha.
Nem em lugar algum.

Um comentário:

Otavio Cohen disse...

it's amazing the way you can be sweet and sour in the same text. why are you sufferin'? happiness is never (even if it's relatively) meaningless.