quarta-feira, 25 de abril de 2007

Atemporalidade (mas nem tanto) - carta III

" Dreamland, faz uma semana que te vi e que me derreti no seu abraço.

Sabe o que me encanta?

O que nos liga transcende a dor, a história e o contexto. Nós dois somos promessas.

É isso.

Eu quero olhar nos teus olhos e dizer que sou mais feliz desde que você entrou na minha vida, porque nós somos duas promessas.

Promessas de cinema, de dança, de eclipses, de amores mal-resolvidos, dos futuros, de letras, de casos, de família, de faculdade, de fotografia, de pontos de vista e de reencontro.

A gente é tão um pouco de tudo que é nada sendo muito. Ao ser muito, a gente se confunde e faz pouco. Somos culpados. Culpa é dor, e dor nos torna mais ainda.

Nesse ciclo, no auge do meu cansaço, quando eu mais que nunca quis transformar isso em paz, eu te vi. Não foi preciso querer de novo porque a paz veio no fim daquela noite.

E no teu “feliz aniversário” tímido.

Na tua fotografia tocando violão. E naquela com tuas irmãs.

No teus segredos poucos que eu sei.

Naquele dia em que eu liguei e você foi.

Agora que a calma chegou aqui, sigo fazendo o bem pros outros com o que consigo dar de mim.

Geralmente é sorriso. É texto. Só é intocável quando é dança e quando é poesia.

Mas pra você ... eu me dou inteira. O tocável e o metafísico. E você nem sabe.

Leminski disse pra você pensar e te parecer, ou vou te inventar pela eternidade.

Então pense e te (a)pareça, porque não ouso te inventar . Acredite, nem sequer chegaria aos pés da realidade, pela primeira vez em toda a minha vida..."

2 comentários:

Otavio Cohen disse...

hey

então.
se alguém escrevesse por mim uma coisa tão cheia de poesia e tão indescritivelmente bela como essa, eu nem precisaria pensar ou me parecer pra amar eternamente.

kleine kaugummi disse...

Que todas as promessas
tornem-se as mais lindas cenas de amor já vistas.

Que toda promessa torne-se real, vivida num hoje,lembrança de eterno sempre.

[aparece, moço, aparece, pro teu sonho tb se realizar.]

=*