terça-feira, 10 de abril de 2007

Atemporalidade - carta II

"Dreamland, o mês é o mesmo e choveu ontem. Acho que a aula é de Física. Parece que um campo elétrico é capaz de realizar trabalho...

Te ver de novo foi dúbio.
Há tempos não segurava o choro daquele jeito, há tempos não me perguntava se as lágrimas seriam de desespero ou êxtase da felicidade pura.
Nunca um abraço me doeu tanto e "tanto", é uma intensidade que nunca havia sido perfeita para descrever minha espera por um abraço. Agora é insuficiente.
Você existe, aí, do seu jeito. Respira, dorme e qualquer esforço seu me prende. Quero ficar na sua vida para sempre, seja como for. Como a menina que por vezes tenta esquecer que você vive e não consegue achar, além da sala de dança, espaço mais lindo para cabê-la que seus olhos. E seu meio-sorriso. E seus momentos de silêncio.
Você existe aí e do seu jeito, assim como eu, é um poço de dúvidas. É perdido e é minha perdição. Por mais que as chances de você admitir, num estado sóbrio, ao menos, que quer me tocar de novo sejam nulas... obrigada por me deixar te olhar.
Olho e me apaixono pela suaexistênciadoseujeito, seu sono, sua respiração e seus erros.
Olho e não te vejo por inteiro, Eu do Lado Avesso. Mas todo e cada pedacinho seu... eu amo."


7 comentários:

Anônimo disse...

Natália, nossa!
Eu fico impressionada quando as pessoinhas (Poulains ou não) dizem que eu escrevo bem. Fico boba, até. Incrédula, feliz até os rodopios me deixarem tonta em alegria. Mas, mais boba ainda, fico eu, lendo coisas assim.
Poxa, isso soou tão inteiro, tão verdade, tão amor! Soou pouquinho de desespero, também. Não o desespero que corrói, mas sim, o desespero do "amar tanto".

E esse trecho:
[...]
"tanto", é uma intensidade que nunca havia sido perfeita para descrever minha espera por um abraço. Agora é insuficiente."

Ah, esse trecho... Ele já foi "meu", eu já tive amor desesperado. Esse amor em letra pode ser visto em textinhos do blog, pode ser visto no passado, mas o presente só me faz feliz - aprendi a amar simples, aprendi a amar livre, aprendi a amar eu. E sabe por que, essa última palavrinha? Porque antes de qualquer coisa, é amar por si. A si. Em si.
É respirar solta e tenra, juntando respirar do outro, e não respirando o ar do outro.
Isso é amar. Tu ama em desespero brando, mas ama.

Escreve lindamente, aprender a amar é só com o tempo... :*

camila geroto disse...

já entendi t-u-d-o

xute todos que te encherem
e não segura o choro, é a coisa mais linda que pode sair de você (verdade! presta atenção nisso!)

amo =*****

kleine kaugummi disse...

Peguei-me em mim, aqui, de novo.
Sempre que o vejo tb me há o dúbio, de uma dualidade incômoda, sabe?
-coisa que confesso só a ti, entendes como sinto e sentes -

Pergunto-me pq aconteceu e vejo nele tanto de mim, tem nele um eu queria ser assim, tem nele um eu sou exatamente assim, enfim, nele tem TANTO de mim. Nele há pequenas belezas brotadas em meus olhos com o passar dos dias, um sorrir para os lados, um jeito de segurar o copo, um morder o lábio.

E o que vejo, feliz-feliz é q é tudo isso, esse perder-se e encontrar-se, tem surtido dos mais belos efeitos em ti.

És cada vez mais bela a apreciar o mínimo,
és cada vez mais arte a contemplar o todo.

Karla Hack dos Santos disse...

Oie...

Te achei na comunidade da Amélie e resolvi dar uma olhada no seu blog...

Adorei!!!

desculpa a invasão!!!

;DDD

bjus

Augusto disse...

Ora, se não é a Bailarina mais linda do mundo!
As cartas são documentos, e se as minhas te fazem rir, que elas marquem no registro da humanidade que a minha existência não foi em vão!

Baieser in ton coeur, ma cherry!
J'taime

Otavio Cohen disse...

iai. tudo q eu ia falar já te falaram. you know i do, dontcha?

Otavio Cohen disse...

cadê a postagem do aniversário? onde estão os 17?