sábado, 5 de maio de 2007

Letrinhas, bourées.

" E ouvi de uma Poulain para ouvir a mim. Estive lá... nem que tenha sido apenas com letrinhas.
É teu.
O alfabeto inteiro é teu.

Caso algum dia, você volte a achar que foi um peso prá alguém, me chama.
Talvez, da próxima, eu tenha coragem de te dizer que não tem como ser verdade. Não tem, querido... você e esse silêncio que você carrega... sem mudar nada de lugar, são êxtase, dor, perfeição. História. Sentimento. Pode ter certeza de que, caso sentimento e história pesem, quem respira pode carregar sozinho, ou seria pó e cinzas.
E quando estiver sem tempo, me chama, porque te mostro que tempo é a coisa mais subjetiva do universo, então eu posso te dar, junto com o que sobrou de mim."

4 comentários:

kleine kaugummi disse...

Estou aqui entre um pensar e outro,
sei-lá.
Dou não o que sobrou de mim...
é meu, uai.
é pouco mais é meu.
"é" eu.

Dou-lhe o que sinto,
dou-lhe algo que tenho,
dou-lhe até o tempo que deveria gastar mais comigo mesma
(e esse eu deveria dar menos, ah, deveria.)
mas o que resta desse pouco de mim,
num dou não !!!

=*

Otavio Cohen disse...

eu preciso te entregar a carta, coisa!

it fits you more, indeed..

Otavio Cohen disse...

portuguese fits you more, darling.

you're doin great with this language. like no one.

(but i HOPE you keep talkin in eng with me)

Anônimo disse...

..."porque te mostro que tempo é a coisa mais subjetiva do universo"...



E coincidências são mágicas. Foi exatamente isso que eu quis dizer há dois segundos atrás, na tua página de recados. O "ser Poulain", manual de instruções do avesso na nossa vida diária de sonhos e colorinhos.
E é engraçado sonhar por aqui, perceber que mesmo com esse rosto de menina que a senhorita carrega, haja uma pontinha de mulher aí dentro do coração. É delicioso entender o quão podes entrar mesmo em si mesma e ouvir, mesmo se ninguém disser.

Quando o tempo parar, vai ser porque algo de muito especial está por vir. Alguma lição, algum momento, algum amor, alguma mulher nova sorrindo menina, aí dentro de quem escreveu. E aí, o mundo todo vai perceber que brotou mais uma flor no jardim de sonhos, pode avisar. Avisa, que quando essa rosa desabrochar, eu trago toda a água que eu tiver, pra nunca mais, nunca mais, ela guardar o que sobrar. Porque exato, ela tem mais é que (se) doar, que é pro mundo ficar mais bonito. :*